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Sempre há culpados nos casos de feminicídios?

Eu estudo os dados disponíveis desde o século XV até os dias atuais sobre o comportamento do consumidor e das relações humanas.

A natureza não dá saltos! E, quanto mais culto um povo é, menos esse se reproduz!

Se você analisar friamente os dados do Censo brasileiro, Social security USA e da União Europeia você chegará a uma conclusão: a realidade machista ainda deixa rastros nos dias atuais. Isso porque eu ainda não estou falando das culturas asiáticas e/ou orientais que daí se utilizam de dogmas para colocar a mulher numa posição inferior a do homem.

A maioria das separações que acontecem nesses países não se dá pela falta do amor no casal, mas pela descoberta de que o casal não sabia o que era amor. A maioria dos casais não sabia o significado correto e a diferença entre desejo, paixão, amor e carência.

O renomado psicanalista brasileiro Flávio Gikovate disse numa de suas conclusões sobre as relações: “Eu te amo, mas não sou apaixonado por você

Se muitos já se casam sem saber o real significado dos seus sentimentos, imagine se essas mesmas pessoas estariam preparadas para educar seus filhos e próximas gerações? O leitor mais emotivo vai pensar: Não esquente, relaxe, não trate o amor como números, vamos e no caminho nós construímos o caminho.

Só que a cada 33 segundos acontece um divórcio no mundo. Filhos são concebidos e deixados sem registros. Pessoas reduzem drasticamente seu padrão de vida e finanças por casarem 2 ou mais vezes e terem de deixar suas pensões para a família anterior. Tudo isso em nome do tal amor.

Mas o que tudo isso tem a ver com feminicídio? Como esse assunto levaria muito tempo para discutir aqui, eu apresento as principais conclusões que eu obtive a partir dos dados que eu estudo constantemente:

  • Como a maioria dos casais não aprendeu a separar o que é desejo, paixão, amor e carência, esses mesmos casais não sabem repassar essa inteligência emocional para os filhos;
  • Logo, desses filhos surgem indivíduos que não aprenderam em suas casas a arte maravilhosa de se frustrar e se adaptar com ou sem uma mulher ou homem. E, com isso, em muitos casos, apelam para a violência;
  • E, para piorar, esse “buraco” emocional que deveria ser educado pelas famílias é mais exposto nas escolas. Isso porque as escolas não estão preparadas para ensinar Inteligência Emocional para os jovens, e eu acredito, não é função delas;

Daí você pode me perguntar: o que essa imagem da mulher adestrando um cão tem a ver com esse tema do feminicídio?

A maioria das esposas atuais nesses continentes que eu estudei não está recebendo um homem para constituir família, mas “filhos”. Muitas vezes mimados e sem saber o que é desejo, paixão, amor, carência e para piorar, não sabem lidar com a frustração e se tornarem resilientes.

Esses meninos-homens que acabam sendo ótimos no pré-venda (conquista) de uma mulher acabam se mostrando péssimos no pós-venda (manutenção) do relacionamento com essa mesma mulher.

Numa das minhas pesquisas eu chamo isso de Mulher-Pedreira: são aquelas mulheres que se dedicaram totalmente para melhorar um menino-homem que não foi bem educado emocionalmente pela sua mãe. Contudo, após o homem ter amadurecido um pouco com ela, ele vai, larga a mulher atual, e vai morar com outra em poucos meses. Logo, essa mulher-pedreira serviu apenas de “escada emocional” para o aprendizado do amor por aquele menino-homem.

Logo, toda mulher deveria aprender primordialmente na família, mas caso seja impossível, que fosse então na escola, a dizer “não” a qualquer tipo de homem, mas logo de primeira vez que esse fizesse algo errado, sem melindre ou recalque.

Não estou menosprezando e colocando os homens como na situação de um cão a ser adestrado. Não é isso.

Eu apenas relembro que a primeira coisa que um adestrador ensina a um cão é a palavra “não” e o seu significado. Somente após isso é que o adestrador vai para outros ensinamentos.

Logo, eu acredito no empoderamento feminino e do masculino nas questões emocionais. E não importa se um esteja apaixonado ou amando loucamente o outro, a questão é: uma pessoa apaixonada não deve ficar míope e permitir que o outro passe do seu limite e, como numa aula de adestramento, o primeiro não já na primeira ocasião faz a educação dos demais “não” se tornarem confiáveis.

É que, seja um cão ou um ser humano, se a pessoa que disse “não” não tem consistência e força, por que eu deveria respeitá-la?

E, lembrando novamente o psicanalista Flávio Gikovate: o amor não é a união de duas metades, mas sim de dois inteiros!

Heverton Anunciação

Fundador da Escola Sem Livros

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